Dia Mundial do Acolhimento Familiar: o que é e como participar

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O Dia Mundial do Acolhimento Familiar é celebrado anualmente em 31 de maio. A data tem como objetivo conscientizar e informar a população sobre a importância de oferecer cuidado e proteção a crianças e adolescentes que foram afastados de suas famílias por motivos como negligência, abandono ou violência.

O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora (SFA) é uma alternativa ao acolhimento institucional, oferecendo a esses jovens proteção integral e oportunidades de viver em um ambiente familiar temporário. 

Durante esse período, eles recebem carinho, segurança e apoio enquanto aguardam o retorno à família de origem ou, quando isso não é possível, são encaminhados para adoção.

Para celebrar a data, diversos municípios realizam campanhas informativas e de conscientização, explicando como funciona o programa e incentivando famílias interessadas a se tornarem acolhedoras.

Se você quer entender melhor como funciona o acolhimento familiar e de que forma é possível participar, continue a leitura e confira!

Neste artigo você vai ver: 

  • O que significa acolhimento familiar?

  • O que é a Família Acolhedora?

  • Quais são os objetivos do acolhimento familiar?

  • Quem pode ser família acolhedora? 

  • Como se tornar família acolhedora?


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família acolhedora

O que significa acolhimento familiar?

O acolhimento familiar é uma medida de proteção que oferece um lar temporário para crianças e adolescentes afastados de suas famílias por situações como negligência, violência ou abandono.


A elas é destinado um lar temporário voluntário, como alternativa ao acolhimento institucional até que possam voltar à família de origem ou seguir para um processo de adoção. 

Imagine o seguinte cenário:

Uma criança de dois anos é encontrada em situação de abandono, desnutrida e com sinais de violência. Para garantir seus direitos, o serviço social municipal a encaminha para uma família acolhedora, que irá oferecer um lar provisório cheio de cuidado, segurança e amor, enquanto as autoridades buscam reintegrá-la.

Por que é uma alternativa ao acolhimento institucional?

O acolhimento familiar é considerado a melhor alternativa em comparação às instituições, justamente por oferecer um ambiente mais acolhedor, afetivo e favorável ao desenvolvimento emocional da criança ou adolescente.

No entanto, essa medida ainda é menos aplicada no Brasil do que o acolhimento institucional, principalmente pela falta de famílias acolhedoras disponíveis frente à alta demanda existente.

Como surgiu o acolhimento familiar no Brasil?

O grande avanço na consolidação desse serviço aconteceu em 2004, com a criação da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), que organizou o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e classificou o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora (SFA) como um serviço de alta complexidade.

Além disso, em 2009, a Lei nº 12.010, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), reforçou que o acolhimento familiar deve ser prioridade sobre o acolhimento institucional.

Qual é a realidade atual no país?

Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), apenas 697 municípios brasileiros — apenas 12,5% do total — possuem o serviço de acolhimento familiar ativo.

Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de maio de 2025, apontam que somente 6,1% das mais de 34 mil crianças acolhidas no Brasil estão em famílias acolhedoras.


Diante desse cenário, entender como funciona o programa Família Acolhedora é essencial para quem deseja fazer a diferença na vida de crianças e adolescentes em situação de desabrigo.

O que é a Família Acolhedora?

Ser família acolhedora é receber e cuidar em casa de forma temporária uma criança ou adolescente quando ele mais precisa. Quando esse período termina, ele volta para a própria família ou segue para adoção. 

A importância de acolher

A vivência em um lar provisório gera impactos profundos e positivos na vida de quem é acolhido. A criança ou adolescente leva para sempre o carinho, o cuidado e o acolhimento recebidos durante esse período tão delicado.

representação de família acolhedora: pai e duas crianças

O que diz a campanha nacional?

A campanha nacional em torno do Dia Mundial do Acolhimento Familiar de tema “Família acolhedora: um gesto que abre portas”, reforça uma realidade preocupante: 

Mais de 95% das cerca de 30 mil crianças e adolescentes em medida protetiva no Brasil estão em instituições, e apenas pouco mais de 5% têm a chance de viver em um lar acolhedor.

Como a campanha busca sensibilizar?

As peças da campanha — como vídeos, cards e posts — utilizam uma linguagem sensível, afetiva e acessível, com frases de impacto como:

“Acolher é reescrever histórias”
“O futuro de uma criança está escrito em seu presente”

O objetivo é tocar a sociedade, gerando empatia e mobilização.

Fique atento: acolhimento familiar não é adoção!


→ O acolhimento familiar é um cuidado temporário, enquanto a criança ou adolescente não pode viver com sua família de origem. 


→ Diferente da adoção, não rompe os vínculos familiares e não transfere a guarda definitiva. O objetivo é proteger, oferecer afeto e estabilidade até que seja possível retornar à família biológica ou seguir para adoção.

Com ações de alcance nacional, a campanha visa ampliar o conhecimento sobre o Serviço de Acolhimento Familiar, mostrando que essa é uma medida protetiva prioritária e essencial.

Quais são os objetivos do acolhimento familiar? 

Como vimos, o propósito do acolhimento familiar é garantir proteção, afeto e desenvolvimento integral a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

Pensando nisso, reunimos os principais objetivos do programa: 

1 - Oferecer proteção integral

Garantir que crianças e adolescentes fiquem em um ambiente seguro, no qual seus direitos sejam respeitados, longe de situações de negligência, violência ou abandono.

2 -  Promover o desenvolvimento saudável

Oferecer condições afetivas, sociais e emocionais que contribuam para o crescimento e desenvolvimento físico, psicológico e educacional dos acolhidos.

3 -  Evitar a institucionalização

Sempre que possível, priorizar o acolhimento em um ambiente familiar em vez de instituições, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

4 -  Manter vínculos e preparar para o futuro

Favorecer a manutenção dos vínculos familiares e comunitários, preparando a criança ou adolescente para o retorno à família de origem, à adoção ou à autonomia, dependendo de cada caso.

5 -  Garantir uma rede de apoio e cuidado

Fortalecer a rede de proteção social, estimulando a participação da sociedade no cuidado e na garantia dos direitos de crianças e adolescentes.

6 - Esclarecer a diferença entre acolhimento e adoção

Conscientizar a sociedade de que o acolhimento familiar é um ato temporário e de cuidado comunitário, sem gerar vínculo jurídico definitivo como na adoção. Esse entendimento é essencial para quebrar resistências e mitos que afastam potenciais famílias acolhedoras.

Quem pode ser família acolhedora? 

O acolhimento familiar é uma prática aberta a todas as configurações familiares, sejam casais, pessoas solteiras, com ou sem filhos. O mais importante é que o interessado tenha condições de oferecer um ambiente seguro, acolhedor e afetuoso para a criança ou adolescente.

No entanto, é necessário cumprir alguns critérios básicos para garantir que esse cuidado seja realizado de forma adequada e responsável.

representação de um acolhimento familiar de um bebê

Requisitos para ser uma família acolhedora:

  • Ser maior de 18 anos;

  • Ter disponibilidade de tempo, afetiva e emocional;

  • Possuir condições físicas e emocionais para cuidar de uma criança ou adolescente;

  • Ter a concordância de todos os membros da família que compartilham o mesmo lar;

  • Não ter antecedentes criminais;

  • Não estar inscrito no cadastro de adoção e não ter intenção de adotar através do acolhimento.

Além desses requisitos, é fundamental que a pessoa ou família compreenda que o acolhimento é uma medida temporária

Como se tornar uma família acolhedora?

Para se tornar uma família acolhedora, é necessário procurar a unidade do Serviço de Acolhimento Familiar (SFA) no seu município. Caso não saiba onde encontrar, o portal da Coalizão Família Acolhedora oferece informações e contatos.

O processo inclui algumas etapas obrigatórias:

  • Entrevistas e visitas domiciliares para conhecer o perfil e as motivações da família.

  • Capacitação com seis encontros (presenciais e online), além de encontros opcionais para tirar dúvidas.

  • Avaliação psicossocial e habilitação, que verifica a disponibilidade, preparo emocional e condições da família.

Após a aprovação, a família passa a fazer parte do cadastro de famílias acolhedoras e recebe acompanhamento contínuo durante todo o período de acolhimento.

Como vimos, celebrar o Dia Mundial do Acolhimento Familiar é um convite para refletirmos sobre empatia, cuidado e a importância de oferecer às crianças e adolescentes um ambiente cheio de amor, proteção e desenvolvimento.

Educação transforma vidas — inclusive a de quem acolhe 

Assim como o acolhimento familiar tem o poder de transformar vidas, a educação de qualidade também é uma ferramenta fundamental para construir futuros melhores.

Seja para quem acolhe, é acolhido ou para qualquer família que acredita no poder da educação, encontrar uma boa escola faz toda a diferença no desenvolvimento emocional, social e acadêmico das crianças.

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